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Aplicação de herbicida no canavial no momento certo traz benefícios aos produtores

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Aplicação de herbicida no canavial no momento certo traz benefícios aos produtores

Grama seda, cipós, mucuna, mamona, capim colonião, braquiárias, capim colchão e as temidas tiririca e corda de viola. Não são poucas as variedades de ervas daninhas que podem impactar negativamente a produtividade de um canavial.
Se deixada sem controle, a ação de ervas daninhas aos canaviais pode reduzir em até 85% o índice de tonelada de cana por hectare (TCH) de plantios novos e em até 46% o TCH da cana soca. O gerente de cultivo de cana da BASF, Leandro Pessente, inclusive, explica que a presença de ervas daninhas pode chegar a inutilizar toda uma plantação, pois as plantas competem por nutrientes, água e iluminação com a cana.
Mas essa não é a única preocupação: “Com o início da colheita mecanizada, ervas como a corda de viola passaram a impactar muito mais na produtividade, já que seus ramos embucham ou enroscam na colhedora e a máquina é obrigada a parar para desobstruir. Isso diminui a eficiência e gera muitos prejuízos para o produtor”, explica.
Assim, todo usineiro sabe da importância de combater essas plantas, mas existem divergências sobre a melhor abordagem contra elas.
Segundo Pessente, embora não seja tão disseminado no Brasil, um dos métodos mais eficientes é utilizar herbicidas na época seca, procedimento adotado nas fazendas de cana-de-açúcar da Argentina. Trata-se da aplicação já durante a colheita ou nos dias que se seguem a ela.
De acordo com ele, é isso que faz do herbicida Plateau – a opção no catálogo da BASF para esse tipo de utilização – uma boa escolha para garantir melhor cobertura das plantas daninhas. O produto acaba de ser relançado pela companhia, que é líder mundial na área química.

Hora certa é tudo

A chave para a eficiência, de acordo com o gerente técnico da BASF, André Mattiello, é a utilização correta do produto, seguindo as orientações da fabricante. Se bem aplicado, ele acredita que o herbicida pode facilitar o trabalho do agricultor, especialmente no período de pré-emergência. Na região Centro-Sul, a maior em produção de cana-de-açúcar do país, esses períodos decisivos de desenvolvimento correspondem ao intervalo entre abril e outubro.
“Isso acontece porque o Plateau tem altíssima estabilidade no período seco por causa das características físico-químicas do produto: alta solubilidade, baixa absorção à matéria orgânica, baixa aderência na palha e ausência de volatilidade”, detalha, e continua: “O Plateau é de fácil manuseio e pode ser utilizado em diferentes períodos do ano, embora os principais períodos de uso se concentrem na época seca, talvez na semi-seca ou semiúmida”.
Segundo o gerente técnico, o aspecto residual do Plateau garante uma ação de 150 dias no solo. Ao fazer a aplicação no período seco, na soqueira da cana, ela deve acontecer no período de pré-emergência da cultura. “É importante ressaltar que, se há uma forma de utilização equivocada do produto, essa forma é a aplicação na pós-emergência da cana. O correto é a aplicação na pré-emergência do canavial”.
No entanto, isso não significa que o produto não seja utilizado de outubro a março. “Nessa época, a nossa recomendação é que ele seja utilizado para manejo de plantas daninhas nos carreadores e nos canais de linhaça”, aponta Mattiello, que explica: “De qualquer forma, temos também uma recomendação de Plateau para desinfestação, aquelas operações que antecedem o plantio de cana de açúcar e, neste caso, podemos utilizar o ano todo, de janeiro a dezembro”.
Conforme o gerente, o herbicida pode ser utilizado tanto para as plantas de folhas largas, quanto as estreitas, além de oferecer performance em diferentes tipos de solo e condições climáticas.
“O Plateau tem uma máxima performance com melhor custo-benefício, tem a maior estabilidade no período seco, pode ser usado sobre a palha, sobre o solo, no clima seco e no clima úmido. Além do tratamento das soqueiras, também é a melhor opção com carreadores e desinfestação de solo”, enumera.

Clima e eficiência no combate às ervas daninhas

De acordo com o gerente técnico da BASF, o clima pode afetar a eficiência de qualquer herbicida do mercado, pois muda a dinâmica fisiológica das plantas no período úmido. “Nas regiões produtoras de cana do Brasil, as plantas crescem mais rápido, fecham mais rápido, desenvolvem-se mais rapidamente, então, também metabolizam produtos de maneira acelerada”.
A dinâmica do solo também é outra. Graças à alta umidade, a absorção se dá rapidamente, assim como a degradação microbiana, afetando a forma como os herbicidas reagem. “No caso do Plateau, as características físico-químicas dele permitem que o produtor o utilize em períodos em que as condições são mais difíceis para os produtos terem persistência, já que ele é mais resistente, é seletivo e tem alta eficiência na transposição da palha”.
Em outras palavras, quando o produto é aplicado, ele pode “lavar” a palha mesmo que ocorra pouca chuva, levando o herbicida para o solo sem diminuir a qualidade da cana em si. Segundo o gerente, alguns produtos no mercado nacional precisam de até 60 mm de chuva para transpor entre 50% e 60% da palhada. Com o Plateau, 80% do produto já passa a palhada com 20 mm de chuva. “É uma vantagem enorme e facilita muito a vida do agricultor”, garante.

Isso permite, de acordo com ele, um bom custo benefício, um fator importante para os canaviais. O gerente ainda aponta que a performance, com relação ao custo por hectare, é positiva ao usuário, graças ao nível de controle que o Plateau provém, que ultrapassa 90% nas principais plantas daninhas de sementes grandes.
Isso garante também uma consistente redução do banco de sementes durante as operações de desinfestação. “No caso do combate à tiririca, temos uma redução significativa de tubérculos no solo e isso faz com que a implementação do canavial ocorra em uma área onde a pressão de plantas daninhas durante todo o ciclo da cana seja menor, não só no primeiro corte”, explica Mattiello.

O herbicida na prática

O Grupo CFM Agro-Pecuária, que utiliza o Plateau desde início da comercialização, há quase uma década, enxerga no produto uma boa opção para suas operações por conta da versatilidade do herbicida. Segundo o gerente Rodrigo Luiz Diniz dos Santos, a opção pelo Plateau veio junto com a mudança no modelo de colheita de cana.
“Antes, usávamos o método de queimar de palha para colher, mas, devido à proibição da queima seguindo a legislação ambiental, colhemos cana crua mecanicamente, assim, o tratamento contra ervas daninhas é feito sobre a palhada da cana e muitos outros herbicidas não podem ser aplicados sobre a palha”, explica.

Ele detalha que todas as fazendas do Grupo CFM usam o produto e que a aplicação ocorre imediatamente após a colheita, entre um e dois dias depois que esta é finalizada. “Uma vantagem do uso de Plateau é que, nas áreas da CFM, fazemos rotação de cultura de cana com amendoim ou soja, e nesses casos não há restrição de residual do produto. No caso do amendoim, o produto é seletivo também”.
A boa transposição da palha, apontada por Mattiello, é outra vantagem corroborada por Santos. “É uma das poucas opções no mercado para palhada. Usado em pré-emergência total da cana, não ocorre fitotoxidez [concentração excessiva do ingrediente ativo na superfície da folha], não fica retido na palha, tem boa solubilidade e pode ser usado desde o início da colheita até o final. Assim, mesmo nas condições comerciais atuais, em comparação ao concorrente direto, ele oferece vantagem econômica”, ressalta o gerente, que explica que utiliza o Plateau associado a um segundo herbicida com característica gramicida.
Essa possibilidade de combinação a outros reagentes também é reforçada como uma vantagem do produto por Leandro Pessente. “Os principais diferenciais são o custo-benefício, a eficácia no que se compromete a fazer e a simplicidade de uso. Se usar da maneira correta, ele não tem problemas de queimar a cultura, é um herbicida que aceita todos os tipos de mistura, é versátil e pode ser tanto usado na época seca, quanto na úmida, e é o que melhor performa no uso em palha”, finaliza.
Luciane Belin – novaCana.com

Fonte: novacana.com


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